- Gerar link
- Outros aplicativos
Postagem em destaque
- Gerar link
- Outros aplicativos
O maior evento Nerd do Brasil é um fenômeno de público e já
está no radar internacional. Vou todo ano e já tenho parâmetro para comparar as
atrações e painéis. Embora o hype seja alto e muita coisa emocionante aconteça,
não posso deixar de registrar os perrengues que a gente também passa para
aproveitar tudo isso aí.
O certo é que por aqui já estamos acostumados a ir de metrô
e não pegar trânsito, portanto o ir e vir foi a parte mais tranquila. Agora,
andar na feira tornou-se um desafio, principalmente se você estiver de mala e
carregando mil coisas no pescoço como eu. Realmente, 280 mil pessoas é muito e seria
bacana repensar.
O espaço foi rearranjado para comportar tudo isso, mas
acabou prejudicando a quantidade de lojas e estandes na minha opinião. Faltou
variedade e ainda assim não consegui andar sem trombar ou alguém pisar em mim.
Quanto as lojas, estava difícil encontrar algo que eu sentisse que valesse a
pena pegar fila para entrar. Isso mesmo, tinha fila só para entrar na loja. Por
sorte achei uma Pernambucanas em que os preços estavam justos e a fila do caixa
foi super-rápida.
As filas já são parte da CCXP, em razão disso muitos
estandes se organizaram para criar app ou entregar pulseiras, evitando muita
aglomeração. Por um lado, isso foi ótimo já que se você não tem pulseira já
sabe que não irá entrar. Por outro lado, o app da Warner travou comigo todas as
vezes e não consegui agendar nenhuma atração.
Já os estandes da Amazon contavam com atrações imersivas e
interativas, o cabaré inclusive contava com atores que interagiam com a galera
da fila, uma ótima ideia para os outros estandes. Fazer como nos parques da
Disney ou Universal, a fila já pode ser uma atração em si. O ponto baixo é que
para participar era necessário fazer cadastro e este estava travando demais, o
que atrasava tudo e ainda por cima quando recebi o e-mail com minha participação,
não havia vídeo nenhum. Todavia, uma vez que realizava o cadastro com uma
pulseira, a mesma valia para todos os estandes.
Ainda falando das filas, o meu maior perrengue foi de sábado
para domingo, quando tive que dormir na fila para os painéis da Netflix, HBO e
Warner. De todos, esse foi até o mais tranquilo. Após a tensão da fila de sexta
para sábado a organização do evento estruturou bem a fila de domingo e tudo
correu tranquilamente, o perrengue fica por conta da falta de bebedouro (o que faz
com que você compre água de uma Casa do Pão de Queijo no valor de R$6,00) e do
chão gelado. Eu estava com duas mantas e blusa de frio, ainda assim senti frio.
Algumas pessoas levam uns sofás infláveis e dormem maravilhosamente (fiquei com
inveja e já estou pensando em investir em um).
Outro perrengue para quem vai passar a noite na fila é disputar
uma tomada para carregar o celular, escovar os dentes etc. Mas tudo isso
consegue ser burlado se feito na hora certa, de madrugada uma boa parte da
galera dorme e aí é possível encontrar banheiros e uma tomada para dividir. O
chato é quando você deita e o povo fica te pulando para andar pra lá e pra cá.
A parte boa é fazer as amizades, perrengue aproxima pessoas.
A comida. Tudo bem caro, hambúrguer a R$45,00, uns pa~es de
queijo a R$12,00 e um pão com salsicha seco a R$20,00. Uma piada, é certo que
segue o valor de mercado, mas esse hot-dog (cuja foto mostra até mostarda e
batata palha) é uma ofensa. Por isso levei comida e graças a Hershey’s Mais,
enchi a bolsa de chocolate. Quem queria uma opção mais em conta, tinha uma
lanchonete com hambúrguer de frango a R$22,00 e Cup Noodles.
O palco Creators é uma boa para descansar, mas às vezes dói
o pescoço ficar olhando para cima e depois para sair dali você tem que saltar
várias pessoas que estão sentadas no chão. Rola um desafio, quase um game de
pular obstáculos sem acertar alguém com a mochila.
Consegui evitar algumas filas para o banheiro, usando um que
estava escondido no acesso ao mezanino, mas até nesse em determinados momentos
foi difícil.
Sinceramente, é nesses perrengues que dá vontade de
desistir. Ficar horas e horas em uma fila para ver determinado painel e não
conseguir é uma chateação, o preço do ingresso está cada ano mais caro e o
público só aumenta. Até mesmo para enxergar o aquário onde o Omelete faz as entrevistas
virou um teste de resistência para quem não quer ficar amassado na multidão.
Estou pensando nisso, mas daí me lembro dos painéis da
Warner e como foi incrível e minha vontade de ir de novo já ressurge. O painel
de Aves de Rapina foi lindo, todo rosa e azul, muito neon e muita cor, muita
energia. O painel de Mulher Maravilha 1984 foi um estrondo e estou com o
trailer na cabeça até agora.
A questão é que sem os perrengues a aventura não está completa, cabe a nós contorná-los para fazer a experiência melhor ainda. Ainda preciso exaltar aspectos positivos como libras no palco Creators, espaço família para quem vai com bebês, internet para o público e assim vai. E aí? Voltamos ano que vem?
Comentários
Postar um comentário